imagem QUANDO NOS DEIXAMOS CONTAMINAR

Por Daniel Ramalho

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Já diria o clichezão popular, “A vida é um eterno aprendizado”. Nada mais certo e quem a vê dessa forma, contribui muito para sua própria evolução, saúde mental e, consequentemente, o controle glicêmico.

fishing-boat-1654446_960_720Costumo dizer que ninguém é sábio o suficiente, para não cometer erros, mesmo quando já sabe a forma certa de agir. Outro clichezão diria “Errar é humano” e é mesmo. Mas nem tudo é belo no mundo dos ditos do povo. Acredito que seja bom para todos nós, desconstruirmos algumas máximas bem populares, como a que diz que “cometer um erro já cometido é burrice”. Muitas vezes o aprendizado se dá após muitas tentativas frustradas de acertar.

Mas qual seria a razão de conduzi-los nessa reflexão?

Adversidade Não É Sofrimento

anger-18615_960_720Constantemente somos bombardeados por emoções negativas de outras pessoas e isso faz parte da vida. Sim, faz. Pessoas, assim como vibram com suas conquistas, sofrem ao lidarem com suas frustrações, perdas, notícias ruins… Isso tudo faz parte de nosso crescimento e tais acontecimentos, na maioria das vezes, não estão sob nosso controle. Mas saber que faz parte da vida, não quer dizer que devemos permitir que tais situações alheias, guiem nossas reações ou afetem nossa positividade e otimismo.

Lidar com as adversidades, não necessariamente precisa ser sinônimo de sofrimento. Quem não as têm? Diariamente surgem desafios a serem superados, alguns pequenos e outros que, de tão aparentemente grandes, postergamos o enfrentamento por receio, medo ou simplesmente por preguiça. Essas razões podem paralisar-nos diante de um obstáculo, e, geralmente, vêm acompanhada da negatividade de pessoas ao nosso redor. “Acorda e para de sonhar”, “Não vale a pena o sacrifício”, “você não vai conseguir”, são frases que escutamos com bastante frequência, quando comentamos que estamos lidando com algum desafio.

Contaminar ou Aconselhar?

Quando o assunto é diabetes, já escutei que devia “parar de falar sobre o assunto e viver a minha vida, esquecer”, como se isso me impedisse de viver mais ativamente do que a maioria das pessoas sem diabetes. Tal postura, já teria me rendido algumas complicações bem sérias se houvesse escutado esses conselhos furados. Ainda bem que não os levei em consideração e aqui estou escrevendo sobre como lido com o diabetes, no blog que criei e que, com toda a humildade, hoje é um dos maiores do país sobre o tema. O que não quer dizer que nunca me deixei afetar pela “vibe” negativa de outras pessoas.

Veneno da Alma

gas-mask-469217_960_720Diariamente tento me defender dessa verdadeira tentação, que é a negatividade. Sim, tentação. Ser negativo rende assunto, conversa e risadas. Mas, igualmente, nos envenena por dentro e, quando mais necessitamos acreditar em nossas forças, menos recursos encontramos para acessá-las. Elas estão escondidas atrás do “nada funciona”, “não consigo controlar essa glicemia”, “esse maldito diabetes”, “doença do cão”…

Deixarmos de lado essa negatividade, é uma questão de sobrevivência. Não podemos nos deixar contaminar com os lamentos das pessoas. Ignorá-las tampouco é uma boa saída, mas ajudá-las a ver que quanto mais se vitimizar, maior será o seu problema, poderá beneficiá-la e, também, a nós mesmos, por não termos mais que conviver com o risco dessa contaminação da alma e do coração.

Praticando a Empatia

sky-2601156_960_720Faça um bem por você e por suas glicemias: quando vir a uma pessoa com diabetes que se queixa mais do que faz por si, ajude-a em lugar de virar-lhe as costas ou julgá-la. É bem verdade que, muitas vezes, você precisará de paciência, mas se passar praticar sua empatia com mais frequência, logo ela crescerá de tal forma que surgirá naturalmente e as consequentes sensações de paz, serenidade e de satisfação por ajudar e ser ajudado, também se refletirão positivamente em seu glicosímetro e em sua vida.

Pense nisso e como diria Mahatma Gandhi, “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Creditar aos outros a nossa inércia, é o mesmo que tentarmos justificar para nós mesmos a nossa covardia.

Grande abraço,

Daniel Ramalho – Diabeticoach

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