imagem RESOLVA-SE E SORRIA

Alexandre Garcia texto 001
O Texto acima, que nada tem a ver com diabetes, me levou a uma reflexão que, não raro, arrebata minha mente e meu coração.
É essa a pior ditadura que vivemos hoje: a do “politicamente correto”. Pessoalmente, costumo chamar de esquizofrenia coletiva o que vivemos hoje: todos vivem em um mundo paralelo, onde qualquer coisa que saia do lugar desejado vira escândalo, julgamento e condenação.
O ser humano está perdendo a capacidade de resolver seus próprios problemas e no lugar disso, coloca todas as suas energias em criticar os outros e, principalmente, fazer-se de vítima!
O resultado disso é que todos nós temos “diagnósticos informais” para nos fazermos de vítimas, enquanto quem tem algum diagnóstico real de alguma patologia, está tratando de reagir, viver sua vida o mais positivamente possível, ainda que até isso lhe seja negado, pois, para que fôssemos “politicamente corretos”, o mais coerente a se fazer seria apenas nos queixarmos de nossas enfermidades e bradarmos nosso sofrimento as 24 horas do dia.
Vamos reagir! Vamos mostrar que os “doentinhos”, como alguns irritantemente se referem a quem convive com algum mal crônico, não se curvam ante as dificuldades e que não serão cúmplices do vitimismo do qual padece a sociedade atual, ainda que tenham a desculpa perfeita para fazê-lo.
Sejamos felizes, façamos aquilo que acreditamos ser correto, independente do que outros pensarão a respeito. A vida é repleta de altos e baixos e não dá para almejarmos estarmos sempre por cima ou viver para fingirmos que assim estamos.
Em tempos de mídias digitais, discussões desnecessárias, ódio e vaidade se tornaram mais evidentes e frequentes, pois quando estes canais preencheram o momento do “vazio mental”, não deixamos de pensar freneticamente sobre tudo… Em outras palavras, nós matamos os momentos tediosos, porém necessários para que possamos descansar a mente antes de tomarmos decisões ou responder a algum comentário que voluntária ou involuntariamente possa ter nos chateado.
Hoje em dia esperar o ônibus, a própria viagem neste ônibus, uma fila do supermercado, uma paradinha no sinal de trânsito – sim, observe ao seu lado quando parar o carro no semáforo se todos os motoristas ao redor não estão com seus smartphones na mão, ainda que seja proibido – ou até no próprio trânsito, abrindo mão de sua segurança para digitar uma resposta que certamente poderia esperar, tornaram-se momentos de conexão com o mundo. A vida virtual, o perfil do Facebook, Instagram, Twitter não nos deixa descansar e o que os “amigos” virtuais pensam, tornou-se uma questão de honra e uma condição para uma suposta felicidade, contribuindo para a geração de valores supérfluos travestidos de causas sociais ou atos de caridade e benevolência.
Como resultado desta vida frenética, temos o que foi exposto tão claramente por Alexandre Garcia em seu texto: a cada dia lutamos mais pela vida, mas vivemos menos. Em nome da justiça, praticam-se as piores injustiças. Em nome da liberdade, prega-se a ditadura e a opressão. Em nome da igualdade, defende-se o aumento das diferenças.
Como diabético, ou portador de diabetes, como preferem os politicamente corretos, dispenso o tratamento “especial” dado pela correção política desses novos tempos. Se houve algo que o diagnóstico me ensinou há alguns anos, é que sou muito mais forte do que acreditava ser. Assim sendo, não admito que me olhem com pena, pois já diria o pensamento popular: “quem tem pena é galinha”.
Por outro lado, tranquilizo ao nobre leitor que até aqui chegou: não o processarei se me chamar de diabético, pois é o que sou no momento. Ficarei chateado sim, se um dia a cura chegar, eu reverter minha disfunção e você continuar dizendo que sou algo que não serei mais… Mas estarei longe de levá-lo aos tribunais, pois sou de um tempo em que quando estávamos chateados com algo, resolvíamos na conversa, no olho, no toque e no abraço final (se possível).
Chega de vitimismo e de uma correção política utópica e hipócrita! Não há nada mais chato. Sorria para a vida, ainda que ela esteja difícil. É a única que você tem, o que a torna especial, e com a qual sua una e incontestável obrigação é fazê-la ser a mais feliz e produtiva possível!

Daniel Ramalho Studio 002 DM1Blogueiro, jornalista, pedagogo, pós-graduando em “Educação em Diabetes” e “Psicologia Positiva e Coaching”, esportista amador, músico e ator. Convive com o Diabetes Mellitus tipo 1 desde 09/07/2008.
Amante dos esportes radicais com ênfase em Surf, Bodyboard e Skate, além de praticante de ciclismo, natação e trekking, utiliza as atividades físicas como aliadas no controle glicêmico.
Profissionalmente dedica-se à composição de trilhas sonoras, administração escolar e ao jornalismo.


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