Aqui falamos de esperança e de construção do futuro. Falamos do quanto o esporte nos ajuda a sonhar com dias melhores, controlando nossa condição. Falamos do dia a dia de um flamenguista e um cara que tem entre suas lembranças mais remotas e uma de suas maiores influências esportivas, as idas ao Maracanã para ver o seu Mengão, ainda menino, de mãos dadas com seus pais.
Foi sonhando que os meninos e funcionários que faleceram hoje, chegaram ao Ninho do Urubu. Foi com a esperança na construção de um futuro melhor que se mantiveram lá, lutando por novas conquistas. Foi fazendo exatamente o que tentamos fazer todos os dias, sermos felizes e plenos, que a vida resolveu mudar os seus planos, ceifando-lhes a energia que os unia fisicamente ao nosso mundo.
Que as saudosas famílias encontrem força e conforto para manterem vivas as boas lembranças dos sorrisos desses meninos e homens, os verdadeiros cordões que os une eternamente aos seus corações.
Aqui falamos de diabetes, esporte e natureza e quando esses dois últimos elementos sofrem choques tão grandiosos como nos dois últimos dias no Rio de Janeiro, o primeiro também se abala e cede espaço para que falemos ainda mais sobre respeito, empatia e amor ao próximo, que antes de serem necessários ao tratamento do diabetes, são indispensáveis ao tratamento de nossa alma.
Nossos mais profundos sentimentos. Mais do que nunca, somos uma nação, flamenguistas ou não.
Daniel Ramalho
Diabetes Esporte & Natureza

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