imagem ABRINDO PORTAS

Há trinta anos, a perda de uma pessoa muito querida, quando eu ainda era um adolescente, mudaria minha vida por completo. Naquele dia, foi-se, fisicamente, minha querida avó Carmen, deixando abertas, para mim, as portas da espiritualidade, da bondade, do carinho e de um mundo mais maduro e cheio de sentimentos e sensações a serem descobertas.

Descobrindo a Vida

Dani e Carmen alta

Muitos podem querer me perguntar o que isso tem a ver com o diabetes… Eu diria que, superficialmente, nada. Profunda e pessoalmente, tudo. Pelo menos para mim… Aquela perda ocasionou uma série de eventos que me fizeram pensar profundamente no sentido da vida, pela primeira vez. Esse momento foi muito importante para que pudesse encontrar muitas respostas para questões que, até então, não haviam sido elaboradas. E como pensei, pensei e pensei…

Muito da minha forma de encarar a vida atualmente, veio daqueles 23 e 24 de outubro de 1988. Aliás, esse foi um ano de grandes questões e amadurecimentos para mim. Considero 88 um ano chave para a consolidação de meu caráter e o reconhecimento de meus sentimentos e forças. Tinha apenas 14 anos, mas, sempre disposto a viver a vida intensamente, me expunha a sentimentos verdadeiramente profundos que contrastavam com atitudes ainda infantis, próprias dessa fase de descoberta da vida.

20 Anos Depois…

Devo minha força de vontade, minhas primeiras lições de resiliência e todo o amor que dedico à vida, aos acontecimentos e desdobramentos de 1988. Isso ficou mais claro, 20 anos depois, quando veio o diabetes tipo 1. O DM veio companhado de um intenso e repentino desmoronamento de sonhos e planos. Em 2008, eu novamente precisava me levantar, me fazer muitas perguntas e, obviamente, encontrar muitas respostas.

Para a minha surpresa, aquela minha energia, resiliência, otimismo e esperança ainda estavam lá. Era como se me esperassem, ainda que eu não mais as enxergasse. Acessei-as e me reergui.

30 anos Abrindo as Portas

Hoje, a 30 anos de 1988, a 10 de 2008, eu já sei onde posso encontrar essas características que me fazem superar a tudo. Não sem sofrer, porém sempre na certeza de que a vida não deixará de propor os desafios e que eu jamais os deixarei de aceitar, como aceitei o diabetes e tantos outros.

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Houve uma vez um amor entre um netinho e uma avó. Mas um amor que superou a vida terrena, continuou nas orações de cada noite e, em cada nova etapa enfrentada pelo jovem neto, se fortaleceu.

O netinho cresceu, já não é uma criança e até deu uma bisneta ao espírito presente da amada vovó. Apenas duas coisas não mudaram ao longo de todo esse tempo: a inspiração e o amor que emanam dessa linda relação de respeito e carinho eternos.

As portas que abrimos há 30 anos, levaram a outras portas, que levaram a outras e que nunca deixarão de apresentar tantas outras, pois hoje não há mais medo de abri-las e enfrentar o que precisar ser enfrentado.

Obrigado por tudo, vó.

Beijos,

“Maestro” Daniel Ramalho (o neto)

www.diabetesesporteenatureza.com.br


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