O LADA é um tipo de diabetes que alguns consideram o tipo 1, 5 ou um subtipo do 1, pois suas características encontram-se entre o tipo 1 e o 2. O termo LADA vem da expressão em inglês Latent Autoimune Diabetes in Adults (Diabetes Autoimune Latente em Adultos). Segundo Barone [1], assemelha-se ao tipo 1, por também ser o resultado de uma reação autoimune que destrói as células que produzem insulina. Por outro lado, difere-se por desenvolver-se somente na idade adulta e de forma lenta, havendo uma demora até que o indivíduo se torne insulinodependente.
Dificuldade do Diagnóstico
Por seu lento surgimento, é possível que médicos o confundam com o tipo 2 em uma primeira análise, mas com o tempo notam que assemelha-se mais ao tipo 1. Barone [1] explica que existem especialistas que defendem que se o diagnóstico inicial de um paciente for de LADA e logo em seguida iniciar-se o tratamento com pequenas doses de insulina exógena, as ilhotas produtoras de insulina do pâncreas destes indivíduos podem ser preservadas por mais tempo; “Ilhotas[2] minimamente funcionais por mais tempo significam controle do diabetes mais fácil e maior prevenção do desenvolvimento de complicações”, conclui.
O Endocrinologista, dr. Arnaldo Moura Neto [3] conta, em artigo publicado no site da SBD, a dificuldade do diagnóstico do LADA pode ser bem desagradável. Diz ele que “pacientes sofrem até encontrarem o tratamento mais apropriado (que no caso, é a insulinização precoce e intensiva, como em qualquer caso de DM1), passando por vários medicamentos e profissionais diferentes, uma verdadeira saga, por vezes com riscos de complicações mais graves devido à falta de insulina, como a cetoacidose diabética”.
Informação: uma grande aliada
Portanto, é importante que todos se informem cada vez mais sobre o diabetes. Combatamos a ideia de que esse ou aquele tipo de diabetes só acomete pessoas de determinado perfil. Obviamente, há o paciente tido como “mais comum para cada caso”, mas jamais deve-se descartar outras hipóteses. Os erros de diagnóstico são muito comuns, então toda a atenção é necessária, não apenas para profissionais de saúde. Pacientes também podem ajudar muito nesse sentido. Relatar tudo o que sente e ocorre é de suma importância para que o médico possa chegar a um diagnóstico mais preciso.
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Grande abraço,
Daniel Ramalho – Diabeticoach
[1] BARONE, Mark. Diabetes: conheça mais e viva melhor. São Paulo: All Print, 2014
[2] Ilhotas de Langerhans: agrupamentos celulares distribuídos por todo o tecido pancreático. Cada Ilhota é constituída por diversos tipos de células. Destacam-se as células alfa, que produzem o hormônio glucagon e as célular beta, que produzem a insulina (Camara et al. S.D. [4]).
[3] http://www.diabetes.org.br/publico/temas-atuais-sbd/917-a-saga-dos-adultos-com-glicemia-descontrolada
[4] Camara, Graça et al. Diabetes Controle & Saúde. S.D.
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