Diabetes Gestacional: O que é? - Blog Diabetes Esporte & Natureza

Diabetes Gestacional

Com todas as alterações hormonais que ocorrem na gestação, o diabetes, disfunção caracterizada pelo excesso de glicose no sangue, pode manifestar-se durante a gestação. “Assim que a gravidez se encerra, o distúrbio é solucionado. É esse o fator que diferencia o diabetes gestacional do pré-gestacional – a condição que já existia antes da gravidez e que continua durante e depois dela”, explica Valdovinos (2004), ressaltando que essa é uma questão que ocorre em aproximadamente 4% das gestantes, sendo seu surgimento o quadro médico mais comum na gravidez, depois da hipertensão gestacional.

Segundo Barone (2014), as gestantes que apresentarem esse quadro, precisam de atenção especial após o parto no que diz respeito ao estilo de vida, para evitarem o desenvolvimento de fatores de risco: “Isso porque quem já teve diabetes gestacional apresenta até 40% mais chances de desenvolver o diabetes tipo 2”, complementa.

Atenção e Riscos

Como os sintomas não são muito claros, é preciso que a mamãe fique atenta a partir do 6º mês da gestação, mantendo seus exames em dia.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para os grupos de risco de desenvolvimento de diabetes gestacional. São eles:

Idade materna mais avançada;
Ganho de peso excessivo durante a gestação;
Sobrepeso ou obesidade;
Síndrome dos ovários policísticos;
História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;
História familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos);
História de diabetes gestacional na mãe da gestante;
Hipertensão arterial na gestação;
Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).

Controle

Também segundo a SBD, o controle do diabetes gestacional deve ser feito com a orientação nutricional adequada, observando cada período da gravidez. Com o acompanhamento médico, se não houver contraindicações, é possível que a gestante possa realizar atividades físicas, no intuito de controlar melhor suas glicemias. Mas ressaltamos que nenhum exercício físico deve ser feito sem a avaliação médica, pois há o risco de um parto prematuro.

Havendo necessidade, é possível que haja a prescrição médica de insulinoterapia, sendo esta considerada segura pela SBD. A entidade também ressalta que, havendo histórico com a disfunção, aproximadamente seis semanas após o parto, “a mãe deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos”, afirma, complementando com uma boa notícia: “o aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes após o parto. A alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas completam essa ‘fórmula infalível’”

Então mamães, mantenham os exames em dia e vivam a incrível experiência da maternidade com todas as precauções possíveis. Aproveitem esse momento com muita saúde e amor.

Querem saber mais sobre o diabetes? Cliquem no link abaixo e vejam alguns posts que explicam os vários tipos de diabetes de forma descomplicada e direta: https://diabetesesporteenatureza.com.br/category/educacao-em-diabetes/

Para mais informações, acessem o site da SBD: http://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/tipos-de-diabetes

Grande abraço,

Daniel Ramalho – Diabeticoach

Diabetes Esporte & Natureza

Referências:

Sociedade Brasileira de Diabetes: http://www.diabetes.org.br

Diabetes: conheça mais e viva melhor: Mark Barone (2014)

Diabetes Sem Fronteiras: Cecília Valdovinos. Trad. Fátima B. M. Simon. Buenos Aires, Argentina: Nº 1 (2004)

Sendo feliz com diabetes