imagem LIVRES PARA SORRIR

Por Daniel Ramalho

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Hoje me deparei com a frase abaixo no Facebook, em um post de uma página que curto muito e em cuja atividade e conceito de vida muito acredito.

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Não. Não está falando sobre quem tem diabetes, mas bem que poderia ser, não é mesmo?
Quantos de nós já não recebemos conselhos sobre supostos ingredientes e receitinhas milagrosas para curar nossa disfunção? Na ânsia de fazer o bem a quem se ama, parentes e amigos nos bombardeiam com “novíssimas informações” nada científicas sobre chás, simpatias ou fórmulas maravilhosas capazes de resolver nosso “doce mal”.
Sabemos que é por amor que tais conselhos são dados – e justamente ontem comentei em um video que muitas vezes pensamos estarmos fazendo o bem, quando na verdade acabamos prejudicando alguém – mas é muito frustrante quando se nota que as receitinhas não funcionam. Pior é quando queremos acreditar que são verdadeiras e nos iludimos: as consequências podem ser graves nesse caso. Tampouco é agradável termos que frustrar a quem amamos dizendo que tal remédio milagroso não existe. Muitos acabam nos acusando de sermos incrédulos, negativos ou de estarmos “nos entregando à doença”.
Muita calma nessa hora…
Por mais que se torne irritante, devemos nos controlar para não magoarmos a quem só deseja o nosso bem. Aproveitemos a oportunidade para esclarecermos a todos sobre os mitos e preconceitos que envolvem o diabetes. Mostremos a eles como funciona o nosso tratamento, como é nossa rotina, como é prejudicial ao nosso coração termos que escutar diariamente que não podemos isso ou aquilo. Expliquemos que podemos tudo, desde que tomemos os cuidados necessários e saibamos programar o momento certo para comer um docinho. Devemos assumir que ninguém é obrigado a saber tudo sobre o diabetes, mas que cabe a nós ensinarmos ao máximo de pessoas que pudermos e, principalmente, expliquemos que ainda não há cura para o diabetes, mas que com o tratamento adequado, podemos levar uma vida muito feliz e produtiva.
Quanto aos amigos e familiares que nos querem ajudar, ofereçam a quem convive com o diabetes o seu carinho, jamais sua pena ou atalhos para uma cura que ainda não foi descoberta. Isso nos machuca.
Sintam-se livres para trazer alegria, auxílio, ombros, risadas, apoio, broncas (somente as necessárias. Rs.), bobagens, bobeiras, leveza, palavras de coragem, leituras edificantes, vivências intensas, histórias, causos, piadas, narizes redondos, vermelhos, rosas, azuis.
Há muito o que nos podem oferecer em lugar de algo que não existe. Se realmente quiserem nos ajudar, deem uma força quando estivermos fartos de tantas agulhadas, às vezes nos esquecemos que elas nos trazem vida. Tragam a indicação de algum texto esclarecedor, de fonte confiável, sobre algo de nossa disfunção, pois a informação é tudo em nosso tratamento. Façam uma forcinha para nos acompanharem nas atividades físicas às vezes, pois com sua companhia tudo fica mais agradável.
Enfim, quando dizemos que a insulina é nosso tratamento, que a dieta saudável é a nossa base e que as atividades físicas fazem parte de nossa rotina, não estamos dizendo que nossa vida é um sofrimento, mas que temos plena consciência de que ela é um grande investimento e que se continuarmos assim, todos poderão disfrutar de nossa companhia por muitos anos.

Não nos olhem tristes ao falarmos sobre o diabetes, sintam-se livres para sorrir e aprender a lidar com a disfunção ao nosso lado.
Lembrem-se dos Doutores da Alegria: sorrir é o melhor remédio.
Grande abraço,
DANIEL RAMALHO
DIABETES, ESPORTE & NATUREZA

Para quem quiser ler o post dos “Doutores da Alegria” que inspirou este texto, segue o link:

https://www.doutoresdaalegria.org.br/blog/quando-nao-ha-nada-a-fazer/

Vale a pena ler e refletir.


 

Daniel Ramalho Studio 002 DM1Blogueiro, jornalista, pedagogo, pós-graduando em “Educação em Diabetes” e “Psicologia Positiva e Coaching”, esportista amador, músico e ator. Convive com o Diabetes Mellitus tipo 1 desde 09/07/2008.
Amante dos esportes radicais com ênfase em Surf, Bodyboard e Skate, além de praticante de ciclismo, natação e trekking, utiliza as atividades físicas como aliadas no controle glicêmico.
Profissionalmente dedica-se à composição de trilhas sonoras, administração escolar e ao jornalismo.


 

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Um comentário

  1. Ah! Daniel o q posso lhe dizer q vc continue esse cara maravilhoso com o dom da oratória e escrita, continue nos ajudando! Um abraço.

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