Pode parecer estranho justamente um blog, geralmente feito por pessoas tão conectadas ao mundo através da internet, chamando a atenção sobre os malefícios do excesso de conexão virtual que vivemos hoje.
No trabalho, em casa, nas ruas, dirigindo, no banheiro, há gente se conectando através de computadores, tablets ou smartphones, nos mais inusitados lugares, 24 horas por dia. Mas até onde podemos ou devemos ir nessa busca desenfreada por informações, novidades, contatos com amigos virtuais ou, simplesmente, frivolidades?
Quem acompanha a página DIABETES, ESPORTE & NATUREZA pode ter notado que no último fim de semana a página se limitou a um post feito no sábado e nenhum no domingo. Não foi por algum problema técnico, falta de tempo ou interesse, mas uma questão de saúde. Sim, saúde, pois a cada tanto, opto por fazer o que chamo “retiro mental”, como forma de me preservar dos efeitos negativos da “vida virtual”.
Até bem pouco tempo, ser considerado um internauta era motivo de orgulho, sinônimo de “homem moderno”, conectado com o mundo e que estaria preparado para as grandes mudanças do século XXI. Porém, essa concepção mudou sensivelmente nos últimos anos.
Com a chegada dos tablets e, sobretudo, os smartphones, aumentou consideravelmente o tempo que ficamos conectados diariamente, e nos dias atuais, notamos claramente o quanto abrimos mão da interação com pessoas que estão ao nosso lado – sejam elas familiares reunidos ao redor da mesa de jantar, amigos que saem para colocar as novidades em dia ou desconhecidos com quem normalmente interagimos nas ruas, lojas ou transportes coletivos – para conversarmos com quem está na outra ponta da conexão digital.
As consequências do uso excessivo da internet começam a despertar a preocupação de estudiosos e são temíveis as considerações feitas por estes quando o assunto em pauta é a nossa mente: dependência, depressão, estresse, ansiedade, falta de ânimo, dificuldades para dormir podem ser efeitos indesejados da manutenção de uma “vida virtual” sem limites.
Alerto para este fato, justamente por sabermos que o diabetes é uma disfunção cujos efeitos de nosso estado emocional se refletem diretamente sobre nossas glicemias e controle. Justamente por isso, sempre que sinto a necessidade, me desconecto do mundo virtual, como disse anteriormente, pura e simplesmente por questões de saúde. Posso até fazer um ou outro post em meu perfil privado, mas o faço comedidamente, já que neste momento a intenção é interagir ao máximo com os amigos, familiares e pessoas que estejam ao meu redor.
Se você sente que pode estar sendo vítima deste mal, é importante se disciplinar e limitar as horas de conexão e a frequência com que confere se há uma notificação no celular.
Encontre equilíbrio entre sua vida virtual e a real! Cuide do seu perfil, do seu avatar, mas saiba a hora de sair de casa para viver ao ar livre, pegar um cinema ou dar boas risadas com os amigos. Pratique um novo esporte, encontre novos hobbies, faça novas amizades. Viva sua vida plenamente! Aproveite cada segundo para ser feliz no mundo real! Cuide de sua mente e de seu corpo! Conecte-se, faça suas selfies, poste seus momentos no Face e no Insta, mas USE O MUNDO DIGITAL CONSCIENTEMENTE!!! Ele foi feito para ser uma pequena parte de nossas vidas, jamais A NOSSA VIDA.
SUA SAÚDE AGRADECE!
Abaixo, algumas matérias e páginas interessantes sobre o assunto:
Você é viciado em internet? Faça o teste e veja seu nível de dependência: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/05/voce-e-viciado-em-internet-faca-o-teste-e-veja-seu-nivel-de-dependencia.html
Internet vicia! Excesso pode causar doenças e depressão: http://saude.terra.com.br/uso-excessivo-da-internet-pode-causar-doencas-como-depressao,0689cd0f280c3ec5d3d4d954174c7e4696ieRCRD.html
Instituto Delete (uso digital consciente): http://www.institutodelete.com
●Por Daniel Ramalho
Blogueiro, jornalista, pedagogo, pós-graduando em “Educação em Diabetes” e “Psicologia Positiva e Coaching”, esportista amador, músico e ator. Convive com o Diabetes Mellitus tipo 1 desde 09/07/2008.
Amante dos esportes radicais com ênfase em Surf, Bodyboard e Skate, além de praticante de ciclismo, natação e trekking, utiliza as atividades físicas como aliadas no controle glicêmico.
Profissionalmente dedica-se à composição de trilhas sonoras, administração escolar e ao jornalismo.
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